segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

MAIS UMA VEZ NA FILA


Esse é o formato de notícia que se dá quando o assunto é matrícula na Escola São José Operário. Uma multidão se concentrou em frente o portão da Escola nesta segunda feira nove de Janeiro, para conseguir uma vaga em turmas de 5ª e 6ª séries do Ensino Fundamental. Há mais de quinze anos esse feito se repete. Sempre com um número cada vez maior de procura por uma vaga nesta escola. Este ano a Direção da escola está ofertando somente cem vagas para 5ª série, e cinquenta para 6ª série, uma vez que 7ª e 8ª séries já foram ocupadas por alunos que cursaram 5ª e 6ª séries respectivamente neste estabelecimento de ensino.
No ano passado, 1404 alunos passaram pelo processo de matricula da Escola, e quase 90% conseguiram renovação de matricula. Este ano esse número deverá ser reduzido para 1400 alunos, influindo no resultado de um projeto organizado pela direção de "melhoria na qualidade do ensino". Para Cristiana, diretora da Escola, "o ensino só terá efeito necessário com a redução do número de alunos em salas de aulas, juntamente com professores qualificados, inserem-se um melhor de aproveitamento no aprendizado do aluno". -A quantidade de alunos não é interessante pra mim, se não consigo promover a qualidade do ensino - afirma Cristiana Grimouth Taveira.



Critiana entregando pessoalmente a senha que da direito a mãe fazer a matricula de seu filho nesta terça feira dia dez de Janeiro








Desde cedo dezenas de mães e pais de estudantes se concentraram em frente a escola para conseguir uma vaga para seus filhos. O conplicativo de tudo isso é que as vezes muitos não correspondem a esse sacrifício feito pelos pai e acabam desviando o foco de aprendizado até o final do ano, caindo em reprovação ou desistência. Este ano a direção tomou uma postura com relação a esse fato, não renovando de imediato, a matricula de alunos desistentes ou reprovados. Valorizando assim a vaga para quem realmente se interessou no estudo durante 2011.

Histórico da Escola São José Operário

A Escola São José Operário, surgiu no ano de 1964, porque naquela época tinha um grupo de Operários chamado de circulo operário, uma associação que funcionava ao lado da Igreja matriz e os filhos dos operários teriam escola para estudar.

O presidente da Associação o senhor Joaquim Egidio Nunes, o Padre Ângelo Maria de Bernard, o Pároco da Igreja Católica, resolveram fundar uma escola, que viesse atender os filhos dos operários, e se deu em 05 de março do ano de 1965 por todos os circulistas, assumindo a escola por 12 anos.

Logo o interventor do Estado Jarbas passarinho com o presidente da Associação o Senhor Joaquim Nunes e o representante da Igreja pensaram que para isso acontecer era preciso ter uma pessoa para assumir a direção, logo convidaram a senhora Eutímia Gomes que fizesse o concurso do Estado como ouvinte, e como era uma pessoa capacitada para o cargo, veio assumir a escola.

Dona Eutímia Gomes fazia de tudo, diretora, professora e servente.

No ano de 1966, a senhora Elza Peixoto assumir o cargo de professora por seis meses, com sua saída, a senhora Meire assumiu a vaga de professora por alguns anos.

A escola funcionava no prédio de uma usina de arroz na BR010, hoje funciona as lojas Radisco e Marilar.

A Escola tinha como serventes a senhora Antonia, Maria do Cassiano, Liberato e sua esposa e ainda o senhor Apolônio Miranda que não media esforços para ajudar aquele estabelecimento de ensino, naquela época haviam alguns problemas, como água e os funcionários dedicavam-se com afinco em suas tarefas.

A primeira turma era formada por 58 alunos e funcionava no período matutino, no ano seguinte a turma aumentou para 70 alunos e seus boletins eram feitos de papel sem pauta.

A escola funcionou até nos anos de 1975. Passando para o bairro Perpétuo Socorro.

As palavras da professora Eutímia:

Os professores naquela época trabalhavam as letras, sílabas, palavras, frases e textos, hoje percebe uma diferença no ensino-aprendizagem.

Agora, para que a Educação aconteça é preciso que os educadores sejam comprometidos com a profissão escolhida, porque é tarefa difícil, mas gratificante.